O governo do estado de São Paulo, após situação de estiagem crítica em vários municípios paulistas, editou no último dia 29, o decreto N.º 68.733, disponível em https://www.al.sp.gov.br, que institui o Plano Estadual de Resiliência à Estiagem, com diretrizes e ações de prevenção, mitigação e resposta aos impactos da estiagem prolongada no ano de 2024.
A medida visa estimular o consumo consciente de água, oferecer apoio aos municípios atingidos pela estiagem, integrar as políticas e programas estaduais de resiliência climática já em andamento, entre outras iniciativas.
Prevenção, Ação Imediata e Comunicação
Segundo https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias, o plano prevê três eixos de ação: prevenção, resposta imediata e comunicação.
Para prevenção, haverá treinamentos para os integrantes do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil e fornecimento aos municípios de equipamentos necessários às ações iniciais para prevenir e conter incêndios florestais; aprimoramento das regras de preservação e consumo de água, reforço da fiscalização do uso dos recursos hídricos e elaboração de estudos para emprego de água de reúso na agricultura, entre outras medidas.
As ações de resposta imediata incluem fornecimento de materiais de ajuda humanitária aos municípios afetados pela estiagem e para atendimento à população vulnerável; apoio às prefeituras nas ações emergenciais de restabelecimento do abastecimento de água potável e de combate a incêndios florestais em grandes emergências; apoio aos municípios nos processos de decretação de situação de emergência e estado de calamidade pública; emissão de alertas de baixa umidade e períodos de seca; e disponibilização de instrumento jurídico para adesão dos municípios à perfuração de poços e aquisição de Estações de Tratamento de Água Compactas.
A Secretaria de Comunicação vai coordenar ações de divulgação, incluindo campanha publicitária, sobre o uso racional da água, práticas de conservação hídrica, prevenção aos incêndios florestais e às doenças respiratórias e viroses.
Sobre a Seca Prolongada em Araraquara
Em Araraquara, 35% de toda água distribuída pelo Daae vem de rios existentes no município e, com a pouca quantidade de chuva registrada nestes sete primeiros meses do ano, inclusive agora em agosto, as represas de duas, do total de três captações, apresentam reflexos da seca severa, com a redução significativa de volumes. Com as previsões e perspectivas de pouca chuva até o final de setembro e temperaturas mais altas para este inverno, a situação dos reservatórios superficiais de água podem sofrer uma piora, podendo impactar diretamente no abastecimento público de usuários do serviço.
Assim como diversos outros municípios paulistas, a pouca quantidade de chuvas aqui em Araraquara vem sendo observada desde os quatro primeiros meses de 2024. Em maio, junho e julho, a chuva média seria de 57, 36 e 25 mm respectivamente, porém foi registrado uma média de 9 milímetros de chuva, nestes três meses em nossa cidade, o que representa algo próximo de 77 % A MENOS de chuva para a normalidade esperada nestes meses. Segundo o site Climatempo, em agosto, a média de chuva para Araraquara é de 27 mm, e no último final de semana (dias 9, 10 e 11), foi registrada uma chuva média de 15 mm, ou seja, 40% A MENOS que a média.
Vamos manter a atenção ao consumo de água. Colabore com a cidade e o meio ambiente. Lembre-se, economize e evite o desperdício usando a água potável de forma racional.
Imagem: Represa R9 do Sistema de Reservação Cruzes.
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