O Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) participou do 52º Congresso Nacional da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), que ocorreu em Ribeirão Preto, de 19 a 24 de maio, onde recebeu a segunda colocação na premiação de trabalhos técnicos apresentados, com o projeto das Praças Sustentáveis.
Durante o congresso, ocorreu a XXVII Exposição de Experiências Municipais em Saneamento, onde a autarquia apresentou oito trabalhos técnicos e participou de uma mesa redonda.
Anualmente, durante o evento são premiados os dez melhores trabalhos técnicos e neste ano o Daae obteve a segunda colocação ao concorrer com municípios de várias regiões do todo o país.
“É com grande satisfação que o Daae recebe um prêmio de alcance nacional, cujo projeto de implantação de praças sustentáveis, com reaproveitamento de materiais recicláveis, contempla a sustentabilidade, a viabilidade econômica e a parceira com a comunidade”, disse Delorges Mano, superintendente do Daae.
Os técnicos envolvidos no projeto e que receberam a premiação durante o Congresso foram os engenheiros Marcos Scalize, Bianca de Angelis Poli e Simone Oliveira, da Diretoria de Resíduos Sólidos e Proteção de Recursos Hídricos e Mananciais.
Trabalhos Técnicos – As apresentações dos Trabalhos Técnicos selecionados são uma grande oportunidade para promover a troca de conhecimento entre os municípios, além de incentivar a prática de novos processos e tecnologias para a melhor gestão dos serviços públicos de saneamento básico.
Os técnicos da Gerência de Resíduos Especiais e Volumosos, apresentaram a experiência do Projeto Praças Sustentáveis, que tem sido muito bem acolhido no município, pois desde o seu início em 2020 já foram executadas cinco praças como a do Jardim Universal (2020), Água Branca (2021), Santa Angelina (2022), Victório De Santi(2023) e a mais recente no Jardim Cambuy (2024).
O objetivo do projeto é viabilizar a construção de um equipamento a baixo custo, utilizar material reciclado recebido e processado na Estação de Tratamento de Resíduos da Construção Civil (ETRCC), mantida pelo Daae. “E sobretudo envolver a população no desenvolvimento e conservação do equipamento evitando que a área seja local de deposição irregular de resíduos e proliferação de vetores de doenças”, explicou Simone Cristina de Oliveira, diretora Diretoria de Resíduos Sólidos e Proteção de Recursos Hídricos e Mananciais.
De acordo com Oliveira, na escolha da área a receber o projeto Praça Sustentável consideram-se a revitalização de áreas contíguas aos PEVs, a reivindicação de moradores e seu pertencimento com as áreas. Após essa avaliação, as etapas de envolvimento da comunidade no projeto são fundamentais e ocorrem reuniões de interação e construção coletiva do projeto entre os técnicos do Daae e a comunidade.
Os materiais que caracterizam a execução deste projeto de baixo custo utilizam resíduos de construção civil processado, agregado reciclado (areia e brita) na construção de trilhas caminháveis, corpos de prova (descartados após o teste de resistência do concreto), carretéis de madeira utilizados para armazenamento de cabos elétricos e tubos de PVC e PEAD de obras da autarquia.
O projeto visa incentivar o uso dos materiais processados na Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos (ETRCC), destacando que para as obras os técnicos do Daae tem sido seguidas as normas técnicas estabelecidas nas diretrizes do Manual de Aplicação do Agregado Reciclado.
Segundo os técnicos do Daae, a grande vantagem deste projeto é sensibilizar toda a comunidade para as potencialidades dos resíduos da construção civil e solidificar o pertencimento da comunidade com seu entorno visando o cuidado com o espaço público e diminuindo os descartes irregulares, trazendo mais qualidade de vida e sustentabilidade para a cidade.
