Até o ano de 1969 os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto em Araraquara ainda estavam subordinados ao Departamento de Obras da Prefeitura Municipal.
A cidade crescia. Com uma população de quase 60.000 habitantes, o município começava a enfrentar sérios problemas de abastecimento e sofria com as constantes faltas de água.
Para enfrentar os desafios impostos pela expansão da cidade, o prefeito Rubens Cruz criaria, no dia 2 de junho daquele ano, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae).
Não foi um começo fácil. Com apenas três caminhões, um carro e alguns funcionários transferidos da Prefeitura, o Departamento respondia por 15.374 ligações de água e 14.489 ligações de esgoto.
Juntas, essas duas redes tinham uma extensão total de mais de 400 km. Sem maquinário e equipamentos suficientes, a execução e a manutenção das redes eram realizadas manualmente.
No início de funcionamento do Daae a cidade contava com o ponto de captação superficial de Ribeirão das Cruzes. A água aí captada era bombeada para a Estação de Tratamento na Fonte Luminosa, que possuía 3 reservatórios enterrados (com capacidade de 2.000 m3 cada um) e 1 reservatório elevado (com capacidade de 400 m3).
Na Vila Xavier, próximo à Alameda Paulista, havia também um reservatório de 1.750 m3 para atender a demanda daquele setor da cidade. Com a entrada da década de 70 a cidade assistiu ao início da construção de um grande número de casas populares na Vila Xavier.
Muitas destas casas se encontravam acima do nível do antigo reservatório, o que tornou necessário a construção de um novo reservatório para a região. Com capacidade para 1.200 m3 de água, o novo reservatório (R-7) era, à época, um dos maiores reservatórios elevados do Brasil.
A perfuração de poços profundos foi iniciada em meados dos anos setenta. Os primeiros a serem perfurados foram os poços Jardim Eliana e Santana.