Prédio e Praça da Estação de Tratamento de Água da Fonte

O prédio da Estação de Tratamento de Água (ETA) Fonte é um dos patrimônios históricos de Araraquara e está indicado para tombamento e preservação pelo Plano Diretor. Ele foi projetado e iniciado, em 1940, na administração do prefeito Camilo Gavião de Souza Neves. A inauguração da Estação de Tratamento de Água da Fonte Luminosa – ETA -Fonte – foi realizada no dia 22 de agosto de 1948, na gestão do Prefeito José dos Santos. A cidade comemorava 131 anos e recebia Adhemar de Barros, governador do Estado de São Paulo e comitiva, e foram concluídas na administração do prefeito engenheiro José dos Santos e executadas pelo engenheiro Canuto de Almeida Moura, da secretaria da Viação e Obras Públicos. Nessa data comemorativa, além do prédio da Estação de Tratamento de Água, a prefeitura municipal reservara várias inaugurações, como as novas instalações da Escola Industrial, doze casas da Vila Ferroviária, o “girador” automático para locomotiva na Rotunda, o trecho rodoviário Araraquara – Matão.
O jornal da época, Correio Popular, editado em 24 de agosto de 1948, registrou as festividades do aniversário da cidade:
“(…) Encaminharam-se, em seguida, o Sr. Adhemar de Barros e comitiva, à Represa dos Serviços Novos, que foi visitada em diversas dependências. Dali dirigiram-se todos para a Estação de Tratamento e Fonte Luminosa, em cujo local enorme massa popular aguardava a presença dos ilustres visitantes.
Ali foi descerrada uma placa comemorativa de inauguração, discursando nessa ocasião o representante do Sr. Prefeito Municipal. Respondeu o Sr. Adhemar de Barros, cuja breve mas incisiva oração, foi igualmente aplaudida. A seguir acionou S. Excia a chave elétrica que punha em movimento simultâneo os diversos jactos que formam a majestosa Fonte Luminosa.”

Ninfas da Fonte” Obra de arte do artista Sidney Rodrigues

A praça da Fonte Luminosa, reconhecida por conjugar a beleza arquitetônica de meados do século passado com a natureza, ganha um complexo artístico formado por um novo painel e um chafariz, obra doada pelo artista araraquarense Sidney Rodrigues e por mais seis empresas araraquarenses.

A obra, denominada “As Ninfas da Fonte”, é um painel que mede 2,07 X 2,64 (dois metros e sete centímetros de largura por dois metros e sessenta e quatro centímetros de altura), um desenho executado em ferro pintado de branco e aplicado sobre uma laje de concreto revestida de pastilhas azuis. O painel já está instalado no meio de um chafariz redondo, de 5 metros de diâmetro, localizado à direita da entrada do jardim da praça da Fonte Luminosa.

Sidney Rodrigues, desenhista arquitetônico e pintor, conta que a obra “ Ninfas da Fonte” foi idealizada após ele ter tido a inspiração, baseada no tema das ninfas. Logo depois, surgiu a ideia do estudo do painel e do chafariz. A oferta e a doação da obra de arte para o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos) foi uma consequência, advinda da “própria essência do Daae, que purifica as águas”, explica o artista. Ele ainda comenta que, o painel demonstra a representação de uma figura mitológica da Grécia: a ninfa – divindade dos rios, dos bosques e dos montes. No painel são apresentadas três ninfas (figuras femininas) “que, entre folhagens, emergem altivamente com suas jarras, renovando rios, lagos e mares com o cristalino líquido: elemento essencial da vida”, comenta Rodrigues.

Para o artista, o conjunto “As Ninfas da Fonte” reafirma a ideia presente na entrada do prédio da ETA – Fonte (Estação de Tratamento de Água), localizada na praça da Fonte. Na fachada do prédio há a inscrição em latim, acqua fons vitae (água fonte de vida), completando a ideia do painel, que mostra o “elemento essencial da vida”: a água.

“As Ninfas da Fonte” é a quinta obra de Sidney Rodrigues exposta ao ar livre, fato que comprova o caráter aberto de sua obra, disponível para a apreciação de todas as classes sociais.

O gesto do artista veio de encontro com o trabalho realizado pelo Daae, que visa a democratização da arte e da cultura. A praça pública é um local ideal para que essa difusão aconteça, pois se tornou um espaço público de arte, lazer e cultura, e tudo isso vem de encontro com o projeto “Choro das Águas”.

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