Após apuração interna rigorosa, o Daae esclarece sobre os apontamentos levantados por matéria publicada, em 07 de março de 2022, no portal UOL, referente ao “Mapa da Água”, da ONG Repórter Brasil, repercutida por demais órgãos de imprensa. Na referida matéria, foi divulgado que, em Araraquara, os parâmetros “Cádmio”, “Mercúrio” e “Trihalometanos” foram detectados na água que abasteceu o município, entre 2018 e 2020.
Para o atendimento à legislação vigente à época (Portaria de Consolidação nº 5/2017), do Ministério da Saúde, os dados de monitoramento de água são inseridos manualmente pelo Daae no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), de forma periódica, tendo como base os relatórios de ensaio emitidos por laboratórios externos que possuem acreditação junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
Após consulta aos dados informados ao SISAGUA, foram observadas três ocorrências, uma para cada parâmetro apontado pela matéria. Para os parâmetros “Cádmio” e “Trihalometanos” foi verificado que houve equívoco na inserção dos dados no Sisagua, comprovado após análise dos relatórios de ensaio que deram origem a esses dados.
A ocorrência do parâmetro “Cádmio” ocorreu no dia 17/01/19, em amostra coletada no Reservatório do distrito de Bueno de Andrada. A análise em laboratório externo acreditado foi finalizada em 23/01/19 e apontou, conforme relatório, o valor de 0,0005 mg/L (miligramas por litro), dentro dos parâmetros permitidos pela legislação, que é de 0,005 mg/L. O valor inserido de modo equivocado no Sistema foi de 0,1 mg/L.
A ocorrência do parâmetro “Trihalometanos” ocorreu no dia 15/08/19, em amostra coletada na rede de água no distrito de Bueno de Andrada. A análise em laboratório externo acreditado foi finalizada em 28/08/19 e apontou, conforme relatório, o valor de 0,00294 mg/L, dentro dos parâmetros permitidos pela legislação, que é de 0,1 mg/L. O valor inserido de modo equivocado no Sistema foi de 2,94 mg/L. Neste caso, no ato de inserção do dado no sistema, uma desatenção à unidade de medida que consta no relatório como microgramas por litro e não em miligramas por litro, conforme exigido pelo Sisagua. Pois, um miligrama por litro equivale a um mil microgramas por litro. Portanto, os dois parâmetros estavam de acordo com os padrões de potabilidade e o que ocorreu foi a inserção equivocada dos valores no Sisagua.
A ocorrência do parâmetro “Mercúrio” ocorreu no dia 16/08/19, em amostra coletada na rede de água do Jardim Iguatemi, onde foi detectada uma concentração de 0,0021 mg/L, que é superior ao Valor Máximo Permito para este parâmetro (0,001 mg/L). Neste caso, de acordo com a legislação vigente na época (Portaria de Consolidação nº 5/2017), esse resultado não deveria ser analisado de forma pontual e sim considerado o histórico do controle de qualidade da água. Neste caso, foi realizado o levantamento e monitoramento tanto dos resultados dos doze meses anteriores a esta ocorrência, como nos doze meses seguintes. E a conclusão foi de que a ocorrência foi pontual, uma vez que todos os outros resultados para este parâmetro estavam de acordo com os padrões de potabilidade, conforme tabela Monitoramento da concentração de mercúrio na rede Iguatemi***Vide foto da tabela anexada junto aos relatórios.
O Daae ressalta que a água distribuída neste período no município estava de acordo com todos os padrões de potabilidade, não tendo sido encontrada nenhuma substância prejudicial à saúde humana, confirmados pelos relatórios de ensaio disponíveis na Gerência de Tratamento de Água e Esgotos e anexados junto à nota.
Finalizando, a autarquia preza pela distribuição de água tratada com qualidade para toda a cidade, respeitando toda a legislação vigente.