A falta de chuvas e as temperaturas acima da média estão dando o tom do clima no Brasil nos últimos meses. O país sofre com sua seca mais intensa desde os anos 1980, de acordo com análise do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (CEMADEN). O quadro cobre mais da metade dos estados brasileiros, que enfrentam seca severa e, em algumas áreas, seca extrema.
Das 27 unidades federativas, 16 estados e o Distrito Federal estão sofrendo com a seca nos últimos três meses, que ocorre desde o norte do Brasil, na Amazônia, até o Sudeste e alguns estados do Nordeste e Sul. Na lista, estão Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os primeiros registros da seca ocorreram em junho de 2023, com a chegada do El Niño. O período chuvoso iniciado em outubro, que poderia amenizar a estiagem, acabou sendo menos efetivo, prejudicado por bloqueios atmosféricos que impediram o avanço de frentes frias na maior parte do Brasil.
Já no começo do ano, as chuvas seguiram abaixo do esperado, ao mesmo tempo em que as temperaturas máximas atingiram recordes históricos. Em tese, o calor deveria ter facilitado a formação de chuvas, por conta da evapotranspiração, mas isso não aconteceu.
Tudo isso, colocou boa parte do Brasil em um cenário de desequilíbrio hídrico poucas vezes visto. A estiagem, de forma geral, está sendo observada em todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul, onde chuvas históricas causaram um dos piores desastres climáticos da história brasileira.
Em Araraquara, o déficit de chuvas e o avanço da situação de seca não é diferente de outras várias cidades paulistas e, por esta razão, o Daae, mantém o apelo a toda população quanto a economia e uso racional da água durante este período de seca extrema que enfrenta o Brasil, incluindo o estado de São Paulo e a nossa cidade.
Imagem: https://www.climatempo.com.br
Fonte Texto: https://climainfo.org.br/2024/08/27/mais-da-metade-do-brasil-enfrenta-a-pior-seca-em-44-anos/