Depois de um período de frio intenso, o Brasil se prepara para um retorno significativo do calor em amplas áreas do país. Uma nova e forte massa de ar quente está se estabilizando na região central, favorecendo a elevação das temperaturas e criando um cenário de verdadeira “gangorra” térmica em algumas regiões. O ar quente e seco vai ganhar mais força a partir do sábado (17), já com temperaturas mais altas, a onda de calor vai começar oficialmente no domingo, 18 de agosto e deve durar pelo menos até o dia 22/08 no país.
Massa de ar quente e alta pressão
Uma nova massa de ar quente se estabelece no Brasil, com características similares as últimas ondas de calor. Este sistema está sendo impulsionado pela formação de uma alta pressão em médios níveis da atmosfera, o que intensifica a circulação de ventos quentes do interior do país, deixando o tempo mais seco e com temperaturas elevadas. A umidade relativa do ar, que já está em níveis baixos, deve cair ainda mais nos próximos dias, aumentando o desconforto, os riscos à saúde e o consumo de água junto ao sistema de abastecimento público.
Desce e sobe nas temperaturas e os impactos na saúde
Após a recente atuação de uma forte massa de ar frio, que estabeleceu recordes de baixas temperaturas no país, a chegada dessa massa de ar quente cria um contraste significativo. Essa mudança brusca pode desafiar a saúde dos brasileiros, além de aumentar o consumo de água, especialmente nas áreas que experimentarão temperaturas acima da média nos próximos dias, como em Araraquara, que está inserida na área em laranja do mapa, e pode chegar a registrar elevação de 2,5º a 3º acima da média normal para o período.
Sobre o Abastecimento Público de Água em Araraquara
Segundo o site Climatempo, em agosto, a média de chuva para Araraquara é de 27 mm, e no último final de semana (dias 9, 10 e 11), foi registrado uma chuva média de 15 mm, ou seja, 40% A MENOS que a média. Já em maio, junho e julho, a chuva média seria de 57, 36 e 25 mm respectivamente, foi registrado uma média de 9 milímetros de chuva nestes 3 meses em nossa cidade, o que representa algo próximo de 77 % A MENOS de chuva para a normalidade esperada nestes meses. Este déficit hídrico devido à pouca quantidade de chuvas também já foi observado nos quatro primeiros meses de 2024 (janeiro, fevereiro, março e abril), se compararmos à média do mesmo período nos anos de 2022 e 2023, o que contribuiu para a seca severa que estamos enfrentando neste ano.
Em Araraquara, 35% de toda água distribuída pelo Daae vem de rios existentes no município e, com a pouca quantidade de chuva registrada nestes sete primeiros meses do ano, inclusive agora em agosto, as represas de duas, do total de três captações, apresentam reflexos da seca severa, com a redução significativa de volumes. Com as previsões e perspectivas de pouca chuva até o final de setembro e temperaturas mais altas para este inverno, a situação dos reservatórios superficiais de água podem sofrer uma piora, podendo impactar diretamente no abastecimento público de usuários do serviço. Vamos manter a atenção ao consumo de água. Colabore com a cidade e o meio ambiente. Lembre-se, economize e evite o desperdício usando a água potável de forma racional.
IMAGEM: Onda de calor – 18 a 22 de agosto. Fonte:Climatempo