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DESCARTE CORRETO DE ÓLEO DE COZINHA É TEMA DO “CANAL DIRETO DA PREFEITURA”

DESCARTE CORRETO DE ÓLEO DE COZINHA É TEMA DO “CANAL DIRETO DA PREFEITURA”

Charles Marques Mendonça, gerente da Coleta Seletiva do Daae, traz orientações sobre como adotar medidas voltadas para proteger o meio ambiente

O óleo de cozinha é um item essencial na maioria das casas, utilizado para fritar, cozinhar e dar sabor aos alimentos. No entanto, o que muitos não percebem é que o descarte inadequado desse óleo pode ter consequências devastadoras para o meio ambiente. A simples ação de jogar o óleo usado na pia ou no lixo comum pode desencadear uma série de problemas, desde a poluição da água até danos aos ecossistemas aquáticos e terrestres. Para explicar e dar orientações sobre esse assunto, o “Canal Direto com a Prefeitura” desta segunda-feira (18) convidou Charles Marques Mendonça, gerente da Coleta Seletiva do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae).

Charles falou sobre a maneira correta de descarte desse material. “Só existe uma maneira correta, que é condicionar o óleo em um recipiente, de preferência uma garrafa pet, que deve ser bem vedada e entregue para a coleta seletiva. Qualquer outra maneira de descarte desse óleo é incorreta”, resumiu.

O gerente relatou os malefícios que esse descarte irregular pode ocasionar. “Ele vai prejudicar a água, vai prejudicar o ar, vai prejudicar o solo. Ele vai tornar o solo mais impermeável e com isso vai ocorrer mais enchentes. Se ele não tornar o solo mais impermeável, ele vai absorver, vai prejudicar o lençol freático e vai transformar a rotina das plantas, vai prejudicar também os microrganismos e bactérias. Além disso, o descarte incorreto vai prejudicar bastante também a vida marinha porque o óleo não se dissolve e cria uma película na água, o que vai impedir a transferência de oxigênio e ar, principalmente de fitoplâncton, que muita gente não sabe, mas é responsável por 98% do oxigênio atmosférico. Quando ele dissolver e for para atmosfera ou para a troposfera, ele vai prejudicar também através do efeito estufa. Isso significa que ele só não vai prejudicar se for descartado corretamente”, explicou.

Ele destacou a importância da coleta seletiva nesse processo. “Se houver uma demanda um pouco mais alta de óleo, como ocorre com restaurantes, por exemplo, podemos criar uma logística para atender especificamente determinado segmento. Mas normalmente a coleta é realizada de forma semanal, então é só deixar nessa embalagem pet com o óleo. Também é importante frisar que a embalagem do óleo também é um plástico e a coleta seletiva também faz o recolhimento dessa embalagem e posteriormente faz a comercialização”, mencionou.

Charles relatou como ocorre o entupimento das redes do Daae por conta do óleo descartado de forma irregular. “Quando você descarta o óleo na pia ou na descarga, no banheiro, ele vai parar na rede coletora da sua casa e vai ocasionar mais problema na sua caixa de gordura, que terá que passar por mais manutenções. Se ele passar dessa caixa de gordura, ele vai acabar entupindo as redes coletoras do Daae. O Daae faz um trabalho muito legal no que diz respeito à desobstrução disso e faz até um trabalho preventivo. Nos últimos cinco anos, se fizermos um levantamento, vamos verificar que reduziu o número de retorno à casa do contribuinte. Muitas vezes o contribuinte não sabe nem porque retornou o esgoto. Por isso é importante que a população faça o descarte correto”, acrescentou.

O gerente da Coleta Seletiva do Daae também frisou que o óleo de cozinha é 100% reaproveitável. “Um litro de óleo da natureza vai prejudicar a água, o solo e o ar, mas se esse óleo for recolhido e dado a destinação correta, ele pode se tornar sabão caseiro, que as pessoas fazem também de forma legal, desde que usem os ingredientes e tenham segurança na confecção desse sabão ou de outros produtos. E pode ser usado também como biodiesel. Aliás, o biodiesel é uma questão interessante porque o nome diesel se refere a Rudolf Diesel, que foi o inventor do motor. Ele foi quem usou pela primeira vez um biodiesel, na verdade, pois era um óleo de amendoim. Posteriormente começaram a usar o diesel como combustível fóssil e deram o nome de diesel em homenagem a esse franco-alemão. Então, na verdade, o nome diesel começou como biodiesel e tem várias variações. A coleta seletiva vai encaminhar para retornar à cadeia produtiva e vai livrar o ambiente desse perigo”, mencionou.

Charles apontou que quando se recicla o óleo, seja para biodiesel ou para qualquer outra coisa, de qualquer forma se está protegendo a natureza. “Um outro exemplo é a agropecuária, que movimenta milhões de toneladas de grãos. Ela não vai precisar de mais espaço, não vai devastar florestas para fazer mais cultivos de grãos. Então esse óleo retorna à cadeia produtiva e alimenta a agricultura familiar, sempre melhorando o meio ambiente”, ressaltou.